Após ter seu celular confiscado, um adolescente de 16 anos matou os pais e a irmã a tiros dentro da própria casa. O jovem, que era filho adotivo, foi apreendido no último domingo (19) após confessar o crime. Ele chegou a afirmar que “faria de novo”. Por ter menos de 18 anos, o infrator foi encaminhado à Fundação Casa e responderá por atos de homicídio, posse ilegal de arma de fogo e vilipêndio a cadáver.

O crime macabro ocorreu na Vila Jaguara, zona oeste de São Paulo. De acordo com depoimento do adolescente à polícia, o assassinato começou a ser planejado na quinta (16). Ele relatou que foi chamado de vagabundo e teve seu celular retirado pelos responsáveis.
Sem o aparelho eletrônico, não conseguiria fazer uma apresentação na escola.

O patriarca, Isaque, tinha uma arma dentro de casa por atuar como guarda civil municipal. O menino, então, fez um teste de tiro contra a cama do casal. Ele aguardou o pai e a irmã voltarem para casa para efetuar os disparos.

Na cozinha, o homem levou um tiro na nuca. A menina, que questionou o que havia acontecido com o pai, foi executada no andar de cima da residência com um tiro no rosto.
Ele almoçou ao lado dos cadáveres e aguardou a mãe, Solange, voltar para casa, por volta das 19h. A mulher foi recebida pelo jovem, que a escoltou até a cozinha. Ao ver o corpo do marido no chão, ela gritou e foi atingida por um disparo nas costas.

No sábado (18), o jovem levou a vida normalmente: foi à academia e à padaria, mas, ainda com raiva, enfiou uma faca nas costas da mãe -que já estava morta.
Foi somente na noite de domingo que ele acionou os policiais. As moscas que rodeavam os cadáveres começaram a incomodá-lo, e ele confessou a autoria do crime.
Segundo o depoimento dado à polícia, ele não planejava matar a irmã -mas, como ela estava no local, também foi vítima. O jovem afirmou ainda que não se arrependeu de seus atos e, que se pudesse, “faria de novo”.

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