As chuvas extremas que atingem o Rio Grande do Sul terão impacto direto no preço de alimentos, mas ainda não se sabe qual o tamanho do impacto na inflação do país. A expectativa é de que a tragédia pressione a inflação, principalmente por conta do arroz, o estado é um dos principais produtores do grão, que é um dos principais alimentos da cesta básica brasileira e tem um peso significativo no cálculo da inflação na economia nacional.

“Toda a logística que nos permite ver o bom comportamento dos preços não está contribuindo para que isso aconteça. Por enquanto só sabemos que vão ocorrer prejuízos na agricultura, porque esse excesso de chuvas tanto prejudica a colheita quanto o plantio”. Garante André Braz, economista do FGV Ibre.

Mesmo produções que não foram afetadas pelas chuvas podem ter aumento de preços. A soja, por exemplo, foi colhida antes das enchentes, mas dificuldades logísticas para escoar a produção também podem encarecer o produto.
Os principais impactos devem ser sentidos entre maio e julho, principalmente nos preços agropecuários. itens como arroz, frutas, hortaliças, legumes, leite e algumas proteínas. Além de alguns outros produtos estão no radar para avaliação de possíveis aumentos de preços e impactos na inflação.
No momento, a grande preocupação é com o preço do arroz que deve ser mais afetado no curto prazo. O preço dos alimentos não é controlado pelo governo ou alguma entidade. Na prática, isso faz com que aumentos sejam sentidos de forma mais rápida pelo consumidor final. A Petrobras, por exemplo, decide quando vai repassar aumentos no barril de petróleo para o consumidor final. No caso do agronegócio, no brasil, isso não acontece.
O IBGE é o órgão responsável pela coleta de dados do IPCA, índice da inflação oficial do país. A direção do IBGE afirma que vai analisar a coleta de informações no estado nos próximos dias. O órgão diz que haverá um foco especial nas divulgações nacionais e que avalia a possibilidade de ampliação do período de coleta para algumas pesquisas e medidas adicionais que possam auxiliar a população e o estado do Rio Grande do Sul.

Por Acrizio Galdez – Jornalista RedeTV

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